A Câmara de Vereadores esteve reunida na noite de ontem em sessão ordinária com a presença de todos os vereadores e as dependências tomadas pelo público.
Na ordem do dia dois projetos foram apreciados, o de Nº 11/2024 de autoria da mesa diretora propondo reposição salarial de 10% aos servidores da Câmara.
Este projeto teve emenda estabelecendo os mesmos percentuais dos servidores públicos, e foi aprovado pela maioria dos edis.
Já o Projeto 041/2024 do Executivo que solicitava autorização para contrair empréstimo de R$8.000.000,00 de reais e que estava na Câmara a mais de 50 dias, foi amplamente discutido e colocado em votação. Por 5 votos a 4 com o voto minerva do Presidente, o projeto foi reprovado.
Votaram a favor do Projeto, os vereadores: Evandro Pagliarin, Moacir Antônio da Costa e Silva, Rodrigo Dalmolin e Valdir Martendal.
Votaram contra os vereadores: Sergio Roberto Priamo, Odinei José Rebonatto, Nilvete Machado, José Maria Ferreira e Gerson Koch.
A vereadora Nilvete justificou o seu voto afirmando que foi eleita de forma independente sem estar ligada a nenhum grupo político, mas que tinha um compromisso com o seu partido o Podemos, e que a orientação era votar contra o projeto.
O vereador Juca após discorrer sobre o Projeto disse que votaria de acordo com a vontade popular, e desrespeitando o regimento interno com o aval da presidência, pediu para o público presente se manifestar levantando a mão. A maioria levantou a mão pela rejeição do projeto, definindo o voto do vereador.
A bancada de oposição que lotou as dependências da câmara com correligionários, fez inúmeros apontamentos, até mesmo com assuntos que não diziam respeito a matéria, para justificar a não aprovação do Projeto. Até mesmo fotos foram mostradas no telão, pelo vereador Odinei, para apontar as ações da administração, também fora de contesto, que teriam definido seu voto contrário.
O Presidente reafirmou o que já vinha anunciando, que votaria contra a contratação de empréstimo.
A bancada da situação defendeu o projeto em todos os discursos, afirmando que a população menos favorecida estava sendo prejudica, porque o sonho da casa própria estava indo pelo ralo por questões políticas.
Mais de 800 pessoas haviam feito cadastramento em busca da casa própria, e destas, mais de 600 estavam com a documentação em dia, aptas para o financiamento.
Ainda foi lembrado que a Câmara também levou dois anos para votar o plano diretor, impedindo que o município adquirisse o terreno que deveria ser repassado para a Cohapar para a construção de 130 casas. Quando o projeto foi aprovado, inclusive com a intervenção do Ministério Público, o Programa do Governo do Estado tinha encerrado para aquela modalidade.
A bancada situacionista lembrou ainda que a administração passada também contraiu empréstimos e que todos foram aprovados pela câmara de vereadores. A votação de ontem é um retrocesso ao desenvolvimento socioeconômico do município.
São Jorge é referência regional em geração de emprego, dado aos avanços industrias que estão acontecendo. A mão de obra está sendo importada de outros municípios, e a grande maioria dos colaboradores tem interesse em morar em São Jorge d’Oeste, o que impulsionaria a indústria, o comércio, a construção civil, o aumento na arrecadação e consequentemente na qualidade de vida da população.
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