O poder Legislativo de São Jorge realizou na segunda-feira a noite mais uma sessão ordinária, quando em votação rejeitou o Projeto de Lei do Executivo Municipal 007/24, onde solicitava autorização para contratar um empréstimo na ordem de R$940.000,00 junto ao Banco do Brasil para aquisição de dois ônibus para o transporte escolar, com 59 lugares, no âmbito do Programa Caminho da Escola.
Como a ordem do dia não constava nenhum assunto em pauta, a administração municipal encaminhou o oficio Nº 0165/2024, ao presidente do Poder Legislativo solicitando esclarecimentos sobre o Projeto de Lei que se encontrava sobre análise legislativa desde o dia de 03 de maio de 2024, completando 30 dias na data de ontem em tramitação. Em consulta aos vereadores integrantes das comissões, os mesmos alegam que o projeto possuía pareceres favoráveis, pendente somente de análise pelo plenário.
Diante do ofício, o presidente colocou o projeto em votação na sessão de ontem.
Os quatro vereadores da situação: Valdir Martendal, Rodrigo Dalmolin, Evandro Pagliarin e Moacir da Costa e Silva votaram favoráveis, no entanto, os vereadores da oposição José Maria Ferreira, Odinei Rebonatto, Sergio Roberto Priamo e o presidente Gerson Koch, votaram contrários e rejeitaram o projeto. A vereadora Nilvete Lurdes Machado não se fez presente à sessão.
O que chamou a atenção e motivou discussões acaloradas, foi o fato do presidente ter se manifestado no momento que o projeto foi colocado em votação. Na realidade ele deveria ter somado os votos favoráveis, que foram quatro, e os contrários que foram três. Somente após poderia dar seu voto minerva, que costumeiramente se faz necessário quando há empate.
Como ele antecipou o voto antecipadamente, ficando em pé, juntamente com os vereadores Juca, Odinei e Sergio, ficou claro que influenciou os demais a tomar tal decisão.
Diante desta atitude de repúdio do presidente, os ânimos se exaltaram e a sessão acabou, sem que ele tivesse declarado encarrado os trabalhos.
Com este posicionamento, o município fica impedido de contratar o empréstimo e, portanto, não poderá adquirir os dois ônibus. Os prejudicados foram os alunos que fazem faculdade nas cidades de Dois Vizinhos, Francisco Beltrão e Pato Branco e que dependem do transporte.
Os ônibus andam lotados com acadêmicos em pé, totalmente em desacordo com as determinações da Lei.
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